A minha carne ainda quente
Deixei sobre o teu corpo
Cobri-te
Larguei-me em ti
Refiz a tua rota
Dos seios até a tua anca
Das coxas até a tua nuca
E já com o hálito em tua pele
Fiz-me dentro
Pra dentro
Tão dentro
Que posso ouvir as batidas
Das tuas pernas nas minhas
Enquanto teu suor escorre
Entre os meus dedos crispados
E deixo na tua boca
Um gosto
Que te descarrila
Reviravolta em teu sono
Bagunçando teu juízo
Que de perfeito tem pouco
Perfeito é esse teu corpo
A roçar-me com a pele que te cobre
Eriçada.
À procura de outra noite
Com a minha carne ainda quente
A te cobrir num arrepio
Magno Aquino
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