Exagera-se muito a respeito do infortúnio, quando algo de desagradável acontece, perturbando o ritmo normal da vida de alguém. A maioria das criaturas, em razão do enfoque equivocado a respeito da felicidade, sente-se desventurada, afirmando que a sua existência corporal deveria transcorrer tranquila, sem acidentes de natureza alguma, de modo a ser considerada venturosa. (...) Sem resistências morais para enfrentar as vicissitudes naturais do processo evolutivo, deixam-se consumir pela revolta ou sucumbem sob o peso da depressão e da amargura. Quantas alegrias malsãs transformam-se, com o tempo, em desar e problema? Quantas conquistas logradas agora, a alto preço, serão tormento constante amanhã? Quantos sorrisos no começo terminam em lágrimas? As consequências dos atos dão-lhes a dimensão, o valor legítimo do seu significado. Quando nobremente realizados, resultam positivos, mesmo que, de início, constituam sacrifício e abnegação. Aqueles, no entanto, que acarretam padecimentos para o próximo, embora proporcionem momentâneo bem-estar ao seu usuário, sim, são as verdadeiras matrizes do infortúnio real, porque retornarão à origem, carregados de desdita, impondo retificação (...). Não são os fatores externos os responsáveis pelo sucesso ou fracasso; mas, a atitude íntima do homem, face aos acontecimentos que o envolvem.
FONTE: http://gaivotasnoceu.blogspot.com/2006/07/decepo-no-mata-ensina-viver.html
Roseli,
ResponderExcluirUm texto repleto de reflexão, principalmente quanto as nossas atitudes..
beijos
Daniel Tôrres