Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro. Clarice Lispector
Escrevo como se estivesse dormindo e sonhando: as frases desconexas como no sonho. É difícil, estando acordado, sonhar livremente nos meus remotos mistérios.Clarice Lispector

sábado, 2 de julho de 2011

Eis-me aqui, outra vez...


Faz tempo que não ando entre borboletas (estava entre cobras e lagartos..rsrs).

Nossa, estava sentindo falta!...Quando não escrevo fica (sempre) aquela sensação de que algo está faltando. Hoje, quero discorrer sobre violar nossos preceitos...
Tenho aprendido que precisamos estar atentos aos nossos chamados. Atentos aos chamados que o mundo nos dá...
Vivenciamos situações que pensavamos ter riscado do nosso “calendário”. Coisas assim nos deixam, digamos, sem chão. Fugimos tanto delas e de repente surgem apenas para tirar a paz que lutamos tanto para conquistá-la. Paz que foi conquistada com isolamento, de buscar entender nosso agir e pensar sob vários aspectos...
Achava que já tinha aprendido a controlar meus impulsos e minha lingua pra lá de afiada...Aquela história que depois dos 40 não engolimos mais os sapinhos de autrora, ainda mais quando somos instigados, ou seja, incitados por algo que aos nossos olhos parece incorreto. Cada um dá o que tem, certo?. Esperamos companherismo, solidariedade, confiança e nos deparamos com tudo ao contrário...Possessividade, desconfiança, complexo de inferioridade e falta de bons costumes (que vem de berço como diz minha mãe), etc...Ou seja, mais defeitos que qualidades.
Existem seres humanos que despertam o pior de nós. Isso mesmo! Despertam o nosso lado negro de ser. Aquele lado que trabalhamos anos para torná-lo pacifico e controlável. Mas eis que surge um ser que distorce tudo, apimentando e criando situações com sua imaginação fértil (indescritivel), nos fazendo acreditar (realmente) que estamos errados.
A maioria das pessoas me despertam frases de amor e carinho, muitas eternizadas no blog. No entanto, outras não conseguem isalar perfume e instigar nosso olfato. São pessoas desprovidas de afeto e educadas para verem o mundo disvirtuado. Possivelmente sejam pessoas que conjugam o verbo desvirtuar todos os dias. Quiça seja, involutariamente, sua oração.
Não lembro de ter convivido com alguém possessivo, mas depois de muita reflexão e análise entendi que não era somente possessividade. Tratavasse se um ser paranoico, ou seja, individuos que sofrem de desconfiança exagerada e necessidade de controlar o outro. O paranóico, quando inicia um relacionamento já o faz com a certeza de que não vai durar. Isso ocorre por causa da crença de que não podem ser amados (eles geralmente tem uma auto-estima muito baixa) e, assim, buscam nos comportamentos do parceiro, deslizes que confirmem suas suspeitas e expectativas negativas.
A busca pela estabilidade emocional se dá por um processo longo e continuo. Também são necessárias idas e vindas as nossas histórias, muitas esquecidas, praticamente disseminadas. Ás vezes é preciso mergulhar nas águas geladas do passado para trazermos à tona tais processos históricos.
Em minhas idas e vindas (re)descobri os meus sonhos, (re)desenhei minha história. História que passou a ser trilhada em busca da paz...
Enfim, prezo muito minha saúde física/mental. Minha paz interior, minha serenidade. Prezo o livre arbítrio e a autonomia de ir e vir, racionalmente.


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