Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro. Clarice Lispector
Escrevo como se estivesse dormindo e sonhando: as frases desconexas como no sonho. É difícil, estando acordado, sonhar livremente nos meus remotos mistérios.Clarice Lispector

domingo, 3 de abril de 2011

Sobre insegurança e ansiedade...


Comecei escrevendo sobre insegurança e o texto ganhou uma dimensão maior do que esperava....
Quero iniciar o texto fazendo um questionamento: Será que alguém é seguro de si 100%? Talvez algumas pessoas venham discordar, mas penso que não... Todo ser humano tem algum tipo de insegurança. Quem diz que não tem certamente está mentindo.
Todos os dias buscamos transpor obstáculos em vários segmentos da nossa vida. Insegurança faz parte dela e driblá-la se torna um obstáculo quando nos impede de dar continuidade a algo que estamos fazendo ou planejando fazer.
Nos momentos que temos que usar os verbos decidir, mudar e amar, a insegurança tem seu lugar garantindo. Nesse contexto, temos que lançar mão de outro verbete: “refletir”. Por meio da reflexão, ou seja, da tríade reflexão/ ação/reflexão podemos direcionar nossas decisões. Porém, quando cito reflexão falo de algo que vai além do ato de refletir, já que se trata de uma atividade inerente ao nosso cotidiano.
No entanto, falo de uma reflexão transformadora, que venha nos auxiliar e direcionar nossas decisões ou mesmo (re)formulá-las.
Um estado afetivo atrelado a insegurança é a ansiedade. De acordo com Irineu Deliberalli, o ser humano é ansioso quando há algo em seu coração que ele quer ou teme e duvida que este algo venha a acontecer ou, ainda, tem medo que venha a acontecer.
Assim, é possível constatar que a ansiedade está sempre presente como algo do futuro. Ou seja, o ansioso não vive o presente. No entanto, o presente é a única coisa que temos para viver, já que o nosso futuro por mais que seja bem planejado é algo incerto. Isto é temos que ter noção do finito...
Quando fugimos de nossa realidade buscamos uma realidade exterior: O OUTRO. Nesse sentido, vivemos em função do OUTRO, seu mundo e sua vida... Mas o OUTRO não é o vilão da História, nós somos o próprio vilão.
Segundo Irineu Deliberalli, ansiedade e insegurança só aparecem em nossas vidas quando elegemos o OUTRO como a coisa mais importante de nossas vidas. O OUTRO é apenas o OUTRO.
Ah! Você anda vivendo para agradar o OUTRO?!... STOP! Sem essa de se entregar 100%... Afinal, devemos concentrar esforços em nossa vida, nós somos o foco. Sempre cito que o OUTRO é consequencia....Ou não!?



Até

2 comentários:

  1. Oii
    Agora entrou rsss
    Tem vezes que isso aqui fica meio confuso.
    Aproveitando...
    Concordo com sua postage, se passarmos a achar que nossa vida depende de OUTRO acabamos por nos anular e não ter sentido algum.
    A vida é muito melhor acompanhada claro, mas a cumplicidade e a individualidade são muito importantes.
    Bjsss

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  2. Vc está certa qdo cita que não podemos colocar no outro todas as expectativas de vida, Roseli.
    Penso que somos complementos um dos outros(complementossujeitos, rs) e isso nos faz inteiros. É preciso entrega sim...mas é preciso antes de tudo, intimidade consigo mesmo. Isso pra mim é essencial.
    grande beijo

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